Você já se perguntou por que, mesmo sabendo o que é certo financeiramente, ainda toma decisões que te prejudicam no bolso?

A resposta pode estar no conflito entre duas partes do seu cérebro: o emocional e o racional.

O que é o cérebro emocional e o racional?

Cérebro emocional (sistema 1 de acordo com Daniel Kahneman): é rápido, automático, impulsivo. Atua com base em emoções, hábitos e recompensas imediatas.

Cérebro racional (sistema 2 de acordo com Daniel Kahneman): é lento, reflexivo, analítico. É responsável por planejar, ponderar e pensar no longo prazo.

Exemplo prático:
Você sabe que precisa guardar dinheiro, mas quando vê uma promoção, sente aquele impulso de comprar. Essa briga interna é real – e tem base neurológica.

Como isso afeta as decisões financeiras?

Emoções como medo, ansiedade, culpa ou euforia ativam o sistema emocional. Quando o emocional domina, tomamos decisões imediatistas, muitas vezes sem considerar as consequências.

O racional só entra em cena se você cria espaço para refletir. E isso exige energia e treino.

O papel da energia mental (e por que estamos sempre cansados para pensar no dinheiro)?

O cérebro busca economizar energia: pensar racionalmente exige esforço. Após um dia estressante, é comum que o emocional tome o controle. É por isso que tantas decisões ruins acontecem no fim do dia ou no calor do momento.

Como equilibrar emoção e razão nas finanças?

Dicas práticas:
1. Crie rituais financeiros: reserve um horário tranquilo para revisar suas finanças (sem pressa, sem estímulos).
2. Anote antes de decidir: escrever ativa o racional e ajuda a desacelerar a emoção.
Identifique seus gatilhos emocionais de consumo.
3. Treine o cérebro com pequenas decisões conscientes: quanto mais você pratica, mais o racional se fortalece.
4. Tenha apoio (mentor, terapeuta, consultor financeiro): ajuda a construir pontes entre emoção e razão.

Você não é desorganizado ou sem força de vontade — muitas vezes, está apenas sendo dominado por um cérebro que quer te proteger da dor e buscar prazer imediato. Com conhecimento e prática, é possível educar o cérebro para fazer escolhas mais conscientes e equilibradas.

Um forte abraço,

Márcia Kleemann

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